FUNÇÃO DO PÁTIO ESCOLAR
Resumo
Como um espaço de convivência compartilhada, o pátio escolar tem um papel fundamental no cotidiano da criança, sendo ele responsável pela criação de muitos sentidos. O objetivo desta pesquisa é relacionar a função do pátio escolar na escola e os benefícios que ele oferece para os usuários, considerando que o mesmo proporciona socialização, coletividade e interatividade entre os indivíduos. Para isso, realizou-se uma revisão de literatura para elencar a função que o pátio escolar tem na rotina das crianças, e as características que eles apresentam, influenciando o desenvolvimento das atividades. Para o pátio cumprir com sua função, ele deve transmitir a sensação de apropriação, fazendo com que os alunos criem sentimentos de propriedade, identificação e acomodação ao mesmo. No desenvolver do trabalho, é relatado algumas características espaciais que irão contribuir para o desenvolvimento da criança em vários sentidos, como o contato social, o brincar e jogar, a motricidades e funções pedagógicas e ambientais, referindo-se que essas representatividades colaboram para a evolução educacional, motora e emocional da criança.
Referências
AZEVEDO, Giselle Arteiro Nielsen; RHEINGANTZ, Paulo Afonso; TÂNGARI, Vera Regina. O lugar do pátio escolar no sistema de espaços livres: uso, forma e apropriação. 1. ed. Rio de Janeiro: 2011. 203 p.
BINS ELY, Vera Helena Moro. Acessibilidade Espacial – Condição Necessária para o Projeto de Ambientes Inclusivos. In: MORAES, Anamaria (org.). Ergodesign do Ambiente Construído e Habitado: Ambiente Urbano, Ambiente Público, Ambiente Laboral. Rio de Janeiro: IUsEr, 146pg. 2004.
BRASIL, Ministério da Educação e da Cultura. Secretárioa Geral. Centro de Desenvolvimento e Apoio Técnico à educação (CEDATE).(1985) Manual para construções escolares. Brasilia: MEC/SEF.
BRASIL, Ministério da Educação e da Cultura. Secretárioa da Educação Fundamental. (1993) Programa Fundo Escola. Brasilia: MEC/SEF.
BRASIL, Ministério da Educação e da Cultura. Secretárioa da Educação Fundamental. (1998) Subsídios para Credenciamento e Funcionamento de Instituições de Educação Infantil. Brasilia: MEC/SEF/DPE/COEDI.
BRASIL. Ministério da Educação. Política Pública de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em 10/03/2015.
CAMPOS-DE-CARVALHO, M. O porquê da preocupação como o ambiente físico. In: Rosseti-FERREIRA, M; MELLO, A., VITÓRIA, T.; GOSUEN, A.; CHAGURI, A. C. Os fazeres na educação infantil. (7. ed.). São Paulo: Cortez, 2005.
CAMPOS-DE-CARVALHO, M; BOMFIM, J. Intercâmbios sociales em niños de 1-2 años y arreglos espaciales em guarderías brasileñas. Meio ambiente y comportamento humano, v. 7, n. 1, p.67-88, 2006.
CAMPOS-DE-CARVALHO, M; MENEGHINI, R.. Arranjo espacial na creche: espaços para interagir, brincar isoladamente, dirigir-se socialmente e observar o outro. In: Psicologia. Reflexão e Critica, v. 16, n. 2, p. 367-378, 2003.
CANTER, D. Um procede pour explorer I’ appropriation du lieu. In: Actes de la Conférence de Strasbourg.- Appropriation de L’espace. Strasbourg: P. Korosec-Sefaty, 1976. p.112-122.
CARDOSO, L. M.; ANTOCHEVIS, R.C.; FEDRIZZI, B. M. Modificando o pátio escolar – Melhorando a qualidade de vida da escola municipal Capitão Garcia, Sertão Santana/RS. Salão de iniciação Científica (17.:2005:Porto Alegre, RS). Livro de resumos. Porto Alegre: UFRGS, 2005. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/59471. Acesso em: 19 de novembro de 2015.
COSTA, Patrícia Coelho da et al. O pátio escolar como espaço de aprendizagem na educação infantil. Rio de Janeiro: s/a. 10 p. Disponível em: . Acesso em: 23 set. 2017.
DAYRELL, Juarez, (1996). A escola como espaço sócio-cultural. In: DAYRELL, J. (org.). Múltiplos olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: Editora da UFMG.
ELALI, G. A. Espaços para educação infantil: um quebra-cabeças? Tese doutorado não-publicada, Universidade de São Paulo, 2002.
ELALI, Gleice Azambuja. O ambiente da escola – o ambiente na escola: uma discussão sobre a relação escola–natureza em educação infantil. Rio Grande do Norte: 2003. v. 8, n. 2, 319 p. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2017.
EMMEL, Maria Luísa Guillaumon. O pátio da escola: espaço de socialização. Ribeirão Preto: 1996. Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2017.
FEDRIZZI, Beatriz; TOMASINI, Sérgio Luiz V.; CARDOSO, Luciano Moro. A vegetação no pátio escolar: um estudo para as condições das escolas municipais de Porto Alegre –rs. Porto Alegre: 2003. 12 p. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2017.
FEDRIZZI, B. The Brazilian reality: na overview of schoolyards. Department of Landscape Planning. SLU. Alnarp-Sweden. 1997 a.
FEDRIZZI, B. The school community atitude towards Brazilian public schoolyards. Department of Landscape Planning.SLU. Alnarp-Sweden. 1997b.
FEDRIZZI, B. (2002). A organização espacial em pátios escolares grandes e pequenos. In V. Del Rio, C. R. Duarte & P. A. Rheingantz (Orgs.), Projeto do lugar: Colaboração entre Psicologia, Arquitetura e Urbanismo (pp. 221-229). Rio de Janeiro: Contra Capa.
FEDRIZZI, B. Paisagismo no pátio escolar. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 1999.
FERNANDES, Odara de Sá. Crianças no pátio escolar: a utilização dos espaços e o comportamento infantil no recreio/Odara de Sá Fernandes. –Natal, RN, 2006. 112 p.
GILMARTÍN, M. A. (1998). Ambientes escolares. IN J. I. Aragonés & M. Amérigo, Psicología Ambiental (p. 221-237). Madri: Pirâmide.
GIULIANI, M. O lugar do apego nas relações pessoa-ambiente. In: Tassara, E. T.; Rabinovich, E. P. Psicologia e ambiente. São Paulo: Educ., 2004. P. 89-106.
GOLTSMAN, Susan et al. Recognizing Children and Families in the Design of a Children's Court. California: 1992. 72-76 p. v. 9.
GONÇALVEZ, F. M.; FLORES, L. R.. Espaços livres em escolar – Questões para debate. In: AZEVEDO, Giselle Arteiro Nielsen; RHEINGANTZ, Paulo Afonso. TÂNGARI, Vera Regina (organizadores). O lugar do pátio escolar no sistema de espaços livres: uso, forma e apropriação. Rio de Janeiro, UFRJ/FAU/PROARQ,. 203 p. 2011 (Coleção PROARQ).
KUHNEN, A. (2009). Comportamento sócio-espaciais e a relação humano-ambiental. In A. KUHNEN, R. M. CRUZ, & E. TAKASE (Eds.), Interações Pessoa-Ambiente e Saúde (pp. 15-35). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
LIEMPD, I. V. (1999). Playgrounds of childcare centers: How to determine their quality? Bulletin of People-Environment Stuidies, 13, 29-32.
LOPES, Jader Janer Moreira; VASCONCELLOS, Tânia de. Geografia da infância: Reflexões sobre uma área de pesquisa. Juiz de Fora: FEME, 2005.
MARTINS, V. R.; OLIVEIRA, V. B.; CASTRO, R. G.; NEVES, E. M.; AZEVEDO, F. A.; TANGARI, V. R.; RHEINGANTZ, P. A. Observando a qualidade do lugar do patio escolar: E. M. Estados Unidos e E. M. Gonçalves Dias. Coleção PROARQ.1ª Edição. Rio de Janeiro. 2011.
MAZZILLI, Clice de Toledo Sanjar. Arquitetura Lúdica: Criança, projeto e linguagem. São Paulo: FAU-USP, 2003. Tese DE Doutorado.
MEKIDECHE, T. Espaços para crianças na cidade de Argel: um estudo comparativo da apropriação lúdica dos espaços públicos. In: TASSARA, E. T.; RABINOVICH, E. P. Psicologia e ambiente. São Paulo: Educ., 2004. p. 143 – 167.
MOORE, G. T. Determining Overall Space Needs in Campus Child Care Centers.Campus Child Care News. vol 11, n. 1. p.3, 1996.
OLSON, Willard. A criança em idade escolar. In: O Mundo da Criança: O desenvolvimento da criança. 1ª ed. brasileira. Rio de Janeiro: Ed Delta, 1958.
PEREIRA, Beatriz Oliveira. Para uma escola sem violência. Estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Porto: Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação para a Ciência e Tecnologia. 2002.
RAYMUNDO, L. S.; KUHNEN, A. (2009). Ambiente e desenvolvimento psicológico: a importância dos espaços físicos abertos nas escolas infantis. In A. KUHNEN, R. M. CRUZ, & E. TAKASE (Eds.), Interações Pessoa-Ambiente e Saúde (pp. 15-35). São Paulo, SP: Casa do Psicólogo.
RECH, Gracielle Rodrigues da Fonseca. Apropriação espacial em pátios escolares de ensino fundamental público em Palmitinho-RS. Dissertação de Mestrado (PósARQ) Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC. Florianópolis, 2017.
REIS, L. A. A. O pátio interno escolar como lugar simbólico. Um estudo sobre a interrelação de variáveis subjetivas e objetivas do conforto ambiental. Tese (Doutorado em Arquitetura) Rio de Janeiro: UFRJ/FAU/PROARQ, 2006.
RIOLI, Thyssie Ortolani. Pátio escolar coberto: a qualidade ambiental, estética e funcional em escolas de educação infantil. São Paulo: 2016. 104 p. Disponível em: . Acesso em: 16 set. 2017.
SAGER, F., SPERB, T. M., ROAZZI A., & MARTINS F. M. (2003). Avaliação da integração de crianças em pátios de escolas infantis: uma abordagem da psicologia ambiental. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16(1), 203-215.
SANOFF H. Programa de necessidades, projeto e avaliação de escolas: uma parceria comunidade-universidade. Ambiente Construído, Porto Alegre. V 7, n.1, p.7-19, jan/mar. 2007.
TAVARES, Arthur C.. Reflexões sobre a Noção de Tipo Morfológico e o Programa Arquitônico: Os Casos das Escolas Municipais Estados Unidos e República Argentina. Rio de Janeiro, 2005.
Apontamentos
- Não há apontamentos.